Goiás registrou o maior aumento no rendimento médio mensal da história da série histórica em 2023, ultrapassando pela primeira vez a média nacional. A alta observada foi de 13,8%, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O rendimento médio mensal goiano de todas as fontes chegou a R$ 2.960, valor R$ 359 maior do que o contabilizado em 2022 (R$ 2.601). A aposentadoria (R$ 2.583 – aumento de 20,6%), outros rendimentos (R$ 919 – aumento de 17,5%) e o aluguel e arrendamento (2.430 – aumento de 13,0%), que atingiram o maior aumento da série histórica, foram os principais contribuintes para o recorde.
A menor alta, conforme a pesquisa, ocorreu na pensão alimentícia, doação e mesada de não morador (passando de R$ 692 para 743, alta de 7,4%). Em nível nacional, o rendimento médio mensal foi de R$ 2.846 (alta de 7,5%). Contudo, o Brasil não conseguiu superar o registrado no ano de 2014 (R$ 2.850).
Mulheres ganham menos
Na comparação por sexo, o rendimento das mulheres goianas foi de R$ 2.387, o que representava 70,3% dos rendimentos dos homens (R$ 3.395). No quesito cor ou raça, o valor arrecadado das pessoas de cor preta foi de R$ 2.299, correspondendo a 58,5% do rendimento médio das pessoas de cor branca (R$ 3.929).
Na análise por nível de instrução, a diferença era ainda mais expressiva. As pessoas sem instrução tinham rendimento médio mensal de R$ 1.555, o que correspondeu a 27,8% do rendimento das pessoas com ensino superior completo. Em 2022, as proporções eram de 68,1%, 65,6% e 28,8% respectivamente.
Bolsa família
Em 2023, o percentual de domicílios em Goiás com algum beneficiário do Programa Bolsa Família era 12,9%, 1,8 ponto percentual superior ao de 2022 (11,1%) e apenas 0,1 ponto percentual abaixo do recorde da série histórica, iniciada em 2012. Apesar do avanço em relação a 2022, o percentual mais recente de Goiás era o sétimo menor do país, ficando atrás apenas dos estados da região Sul, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
Além do percentual de domicílios em que residia algum beneficiário do Programa Bolsa Família, a pesquisa levantou também que em 4,2% do total de domicílios de Goiás residiam algum beneficiário do BPC-LOAS, o maior percentual da série.