A ONG Focinho Caridoso, com o apoio da Pedigree e do Ministério Público, promoveu neste domingo (29) a 1ª Caminhada com seu Pet no Parque Flamboyant, em Goiânia. A ação teve como objetivo conscinetizar a população sobre os maus-tratos aos animais. “O animal não é um brinquedo que você compra e descarta, é uma vida, por isso é importante trazermos a conscientização dos maus-tratos aos animais, e abandono”, explica a diretora de Marketing da ONG, Carla Cristiane.
De acordo com Carla, o abrigo de animais é um lar temporário, por isso, para a Caminhada, abrigos e protetores independentes levaram cães para adoção. Os 50 cães estavam com uma bandana com a seguinte frase: “me leva para casa, me adota”. Segundo a fundadora da ONG, Alessandra Rabelo, a Caminhada teve uma boa participação, com cerca de 150 animais e 350 pessoas.
Uma destas protetoras é Ivonete Vieira, dona do abrigo Lar de Recuperação do Tofu, que é engajada na causa animal há 10 anos. A protetora que cuida de 160 animais, entre gatos e cães, conta que antes da Focinho Caridoso aparecer a situação era díficil. “Eles me dão suporte na adoção, alimentação e limpeza”, pontua.
Ivonete se emociona ao lembrar de seu cãozinho Tofu, pois por conta dele o abrigo tem este nome. “Ele foi atropelado, ficou tetraplégico e foi abandonado, eu o encontrei, resgatei e cuidei dele. Eu prometi que ia honrar a turminha dele (animais com deficiência)”, recorda.
Desde então, a protetora se dedica a cuidar de animais como Tofu. “Resgatamos todo tipo de animal, cego, sem braço, sem perna. Pegamos, tratamos, castramos e vermifugamos”, conta. Para a ação, Ivonete levou três cães para adoção, Milu, Billi e Vitória. De acordo com ela, eventos como esse são essenciais. “Devemos lutar por essa causa e ações como essa devem acontecer mais vezes, pois juntos somos mais fortes”, conclui.
A advogada Juliana De Liz e a cadela Lili, de 13 anos, não deixaram de participar. Juliana afirma que o trabalho feito pela Focinho Caridoso é muito importante. “É necessário a população participar”, reforça.
Histórias de maus-tratos com um final feliz
Os casos de maus-tratos aos animais cresceu. De acordo com Carla Cristiane, apenas no ano de 2022, a ONG fez o registro de 40 denúncias. A estudante de enfermagem Silvia Evangelista é tutora de Maya, uma Husky Siberino de 11 anos, que sofreu maus-tratos de seu antigo dono. “Ela foi resgatada em 2016 num estado debilitado, pois bateram nela ocasionado uma lesão na medúla de Maya”, explica. “Ela também precisou de transfusões de sangue e ficou paraplegica, mesmo assim fizemos o tratamento para ela ter uma qualidade de vida melhor”, conclui.
Outro cão com um final feliz é o Ray Charles. Ele foi adotado há dois anos. Segundo seu dono, o microempreendedor João Lúcio de Jesus, cortaram as patinhas dele assim que nasceu. “Ele foi deixado para morrer juntamente com os irmãos, os outros foram adotados, mas ele não pela deficiência”, conta.
ONG Focinho Caridoso
A diretora de marketing conta que a Focinho Caridoso nasceu da motivação pelo amor aos animais e pela procura de formas de mudar o quadro de maus-tratos no estado de Goiás, em que gatos e cães se encontram. Segundo Carla, desde 2020 a ONG está atuando no Estado. “Até o momento foi feita a entrega de mais de 3.100 kg de ração, mais de 2 mil animais atendidos, 31 protetores independentes amparados e atuação em seis municípios e Goiânia”, explica.
Para conhecer melhor sobre o projeto, basta acompanhar a ONG por meio das redes sociais @focinhocaridoso (Instagram).