Depois de 15 horas de julgamento, por três votos a dois, oito militares do exército do Rio de Janeiro, foram condenados a prisão pela morte do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, e do catador de materiais recicláveis, Luciano Macedo, em abril de 2019, em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro.
O tenente Ítalo da Silva Nunes, que chefiava a ação, foi condenado a 31 anos e seis meses de reclusão, e os outros sete militares foram condenados a 28 anos de reclusão, pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio.
A defesa afirmou que irá recorrer da decisão e que eles irão responder em liberdade até que esgotem os recursos. O julgamento contou com a participação de cinco magistrados, sendo quatro deles militares.
A promotoria do Ministério Público Militar (MPM), responsável pela denúncia, criticou a versão dos agentes de que os militares teriam agido em legítima defesa, alegando que houve confronto e que estavam em uma região conflagrada.
Crime
No dia do crime, o músico Evaldo dos Santos Rosa estava em um carro com outras quatro pessoas, incluindo a esposa e o filho de sete anos, a caminho de um chá de bebê, quando foram atacados a tiros por militares do exército, que teriam confundido o carro dele com o de bandidos.
O crime aconteceu no dia 7 de abril de 2019. Segundo a perícia, foram disparados pelo menos 257 tiros, dentre os quais, 62 atingiram o veículo, e oito atingiram o músico, que acabou morrendo na hora.
O catador de materiais recicláveis, Luciano Macedo, que passava pelo local, também foi baleado, ao tentar ajudar as vítimas. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu dias depois, no hospital.
Com informações da CNN.