Durante a pregação em uma igreja, Kakau Ribeiro criticou pessoas cristãs que defendem as lutas políticas, raciais e da comunidade LGBTQIA+. “Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus, que transforma vidas, vira crente, se transforma, se converta!”, disse ela.
“É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira”, continuou Kakau.
De acordo com a Polícia Civil, um inquérito foi aberto para que o discurso da mulher seja analisado. Para o delegado Henrique Pessoa, há um “teor claramente racista e homofóbico, o que configura transgressão típica na forma do artigo 20 da Lei 7716/87”. “De tal modo que a pena é de 3 a 5 anos com circunstâncias qualificadoras por ter sido feita em mídias sociais e através da imprensa. De tal modo que já foi instaurado inquérito policial pelo crime de intolerância racial e homofóbica, de acordo com a recente previsão do STF”, disse o delegado.
Após repercussão, a mulher se pronunciou nas redes sociais e pediu desculpas. “[…] quero afirmar que não possuo nenhum tipo de preconceitos contra pessoas de outras raças, inclusive o meu próprio pastor é negro, e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da minha, pois sou próxima de várias pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIA+”, escreveu ela.