O Ministério Público de Goiás (MPGO) localizou, no Paraná, Adélio Pires Santiago, condenado por feminicídio praticado há 23 anos, em Caldas Novas, interior de Goiás.
Nesta quarta-feira (9), o promotor Sávio Fraga e Greco, da 6ª Promotoria de Justiça de Caldas Novas, participou de audiência de custódia virtual sobre o caso. O acusado, que está preso, será pessoalmente citado para responder à ação penal.
De acordo com o promotor, em 23 de junho de 1998, o réu matou sua ex-mulher com 12 facadas. As investigações apontam que a motivação do crime foi o ciúme nutrido pelo réu em relação à vítima, da qual já estava separada judicialmente.
A denúncia, oferecida em 16 de novembro de 1998 e recebida em 22 de dezembro de 1998, apontou que, “após seguir a vítima, a surpreendeu enquanto ela falava ao telefone com um terceiro, apurando-se ser seu namorado”.
O processo e o curso do prazo prescricional foram suspensos em 24 de fevereiro de 1999. Com a prisão, a ação penal poderá ter prosseguimento.
Duplicidade de RG do acusado
De acordo com o MPGO, há uma pessoa de mesmo nome, filiação, local e data de nascimento do denunciado, com assentamento duplicado de registro de identidade (RG) e crimes praticados no Paraná.
Naquele Estado, o réu havia retomado sua vida normalmente, valendo-se de um segundo documento de identidade, indevidamente expedido.
Integrantes das Promotorias de Justiça de Caldas Novas diligenciaram perante órgãos e autoridades paranaenses, recebendo, na tarefa, auxílio de integrantes do Ministério Público do Paraná. Foi verificado, junto ao Instituto de Identificação daquele Estado, que o réu utilizou a certidão de casamento com a vítima (que ele matou), para a emissão de novo RG, em 2004.
Foi pedida, então, nova diligência de oficial de Justiça para citação, bem como que a Polícia Civil fosse até o endereço localizado, relacionado ao RG feito em 2004.