O Ministério Publico de Goiás (MP-GO), por intermédio da 19ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, requereu a decretação da prisão preventiva de Bárbara Morais dos Santos. Segundo o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, o pedido veio após o laudo médico apontar a inexistência de doença grave na mulher.
Bárbara Morais dos Santos, de 23 anos, foi denunciada, juntamente com Matheus Teixeira Carneiro, pelo homicídio triplamente qualificado e furto qualificado praticados contra José Ricardo Fernandes, em Aparecida de Goiânia. Os crimes ocorreram no dia 10 de julho do ano passado, no Conjunto Estrela do Sul. A vítima, que ficou conhecida por postar foto nas redes sociais velando sozinho a mãe, foi espancada e teve o corpo queimado. Os dois denunciados aproveitaram para furtar uma televisão, um celular e a carteira.
A mulher teve prisão domiciliar decretada e o MP-GO recorreu, argumentando que não havia prova de que ela se encontrasse extremamente debilitada por motivo de doença grave. Segundo Milton, a mulher não apresenta doença mental, conforme o laudo médico, nem desenvolvimento mental retardado ou incompleto e nem dependência química.
De acordo com o promotor, a prisão preventiva depende de dois requisitos: a prova da materialidade e existência de indícios suficientes de autoria, bem como a existência de um perigo que a permanência do acusado ou investigado em liberdade representa para a eficácia do processo ou segurança social. No caso, as duas situações estão aprovadas.
Crime
A vítima, José Ricardo Fernandes tinha insuficiência renal e se submetia a hemodiálise. Bárbara se dispôs a arrecadar dinheiro para seu tratamento com uma “vaquinha virtual“. A vítima conseguiu arrecadar cerca de R$ 30 mil. Com a intenção de ficar com o valor que havia sido arrecadado, a mulher começou a planejar a morte da vítima. Ela contratou uma pessoa, após publicar anúncio em rede social, para executar o crime por R$ 2 mil.
No dia do crime, Bárbara foi até a residência da vítima, que permitiu sua entrada. Na sequência, ela abriu o portão para Matheus, que aguardava do lado de fora e se passava por um doador de cesta básica. Dentro do imóvel, os denunciados, então, espancaram a vítima, jogaram álcool nela e, com ela ainda viva, atearam fogo em seu corpo, sem lhe dar chance de defesa. José Ricardo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.