Um dos principais desafios enfrentados pelos agricultores é dominar o conhecimento não apenas em tecnologias de produção, mas também em estratégias eficazes de administração de suas fazendas. Neste sentido, a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) surge como alternativa importante para fornecer suporte especializado, ajudando os produtores na otimização de processos e maximização da eficiência operacional.
Em 11 anos, a assistência oferecida pelo Senar ultrapassou a marca de quatro milhões de visitas técnicas em mais de 334,6 mil propriedades rurais em todo o País. A iniciativa integra o porfólio da entidade para melhorar a produtividade, bem como a gestão e a renda no campo. Em Goiás, os números também têm apresentado crescimento. Somente em 2023, 12 mil produtores foram assistidos gratuitamente.
Os atendimentos em Goiás são realizados pelo Senar Mais, programa de assistência técnica e gerencial do Senar Goiás. As ações são destinadas aos técnicos das mais diversas áreas de produção. Por meio do projeto, a entidade disponibiliza médicos veterinários, agrônomos e zootecnistas para visitas nas propriedades por um período de dois anos.
Na prática, os técnicos de campo auxiliam o produtor na tomada de decisões e na implementação de inovações tecnológicas. Um dos principais objetivos é melhorar os resultados de todas as propriedades atendidas. As etapas são: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados.
Segundo o superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges, o alcance da ATeG deve ser ampliado nos próximos meses, incorporando mais propriedades e diversificando ainda mais as cadeias produtivas. “O impacto é significativo e, ao final do ciclo, os produtores têm uma operação mais eficiente, são mais capacitados em práticas agrícolas modernas e sustentáveis. Muitas vezes, veem um aumento direto na sua produção e renda”, explica.
No total, a assistência técnica do Senar Goiás atende produtores de 11 cadeias. São elas: pecuária de leite, pecuária de corte, horticultura, fruticultura, apicultura, grãos, psicultura, agroindústria artesanal, avicultura, ovinocultura de corte e silvicultura.
Exemplos de sucesso não faltam. Em 2021, por exemplo, uma produtora rural de Iporá viu sua produção de leite aumentar exponencialmente. O local, que inicialmente produzia somente 30 litros de leite, chegou a alcançar a marca extraordinária de 900 litros em um só dia. “A orientação do Senar Goiás foi fundamental para nossa propriedade evoluir e alcançar este resultado”, afirma a produtora Tânia Fonseca.
Todos os interessados em uma vaga na ATeG devem procurar o Senar ou o sindicato de produtores rurais mais próximo. Para isso, é necessário ter no mínimo 18 anos e ser produtor(a) rural ou um familiar, desde que possa representar legalmente a propriedade.