A Justiça Eleitoral de São Paulo, sob a responsabilidade do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, declarou, na última sexta-feira (21), o empresário e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) inelegível por um período de oito anos, até 2032. A condenação se deu em decorrência de acusações de abuso de poder político e econômico durante sua campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2024.
Marçal foi alvo de ações judiciais movidas pelo PSB e pelo PSOL, que alegaram que ele teria vendido apoio político a candidatos a vereador em troca de doações de R$ 5 mil, realizadas via transferências PIX. A decisão do juiz se baseou em vídeos divulgados por Marçal em suas redes sociais, onde ele supostamente oferecia apoio em troca de contribuições financeiras para sua campanha.
Em resposta à condenação, Marçal afirmou que não existem provas que justifiquem a decisão e que ele está confiante de que a verdade será esclarecida durante o processo de recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Ele destacou que gravou milhares de vídeos de apoio político sem qualquer troca financeira, conforme demonstrado em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral.
O PRTB, partido ao qual Marçal é filiado, também se manifestou, expressando confiança de que a decisão será revista pelo TRE-SP. O presidente da sigla, Leonardo Avalanche, defendeu que a interpretação do juiz não reflete a realidade dos fatos e reafirmou o compromisso do partido com a justiça e a lisura do processo eleitoral.
Com a condenação, Marçal se vê afastado da política por um longo período, mas promete lutar para reverter a decisão e continuar sua trajetória política. A expectativa agora recai sobre o desenrolar do recurso e as possíveis implicações para o cenário eleitoral em São Paulo.