Grupo de policiais militares de Goiás estão arrecadando doações para ajudar os colegas militares que foram acusados pelo crime de tortura contra o advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior, de 32 anos.
A campanha “Vaquinha Guerreiros Giro” acontece em grupo de WhatsApp para que os participantes enviem os comprovantes das doações. De acordo com informações passadas ao jornal O Popular, por um dos participantes que preferiu não ser identificado, são de que entre os dias 23 de setembro e 5 de outubro foi arrecadada a quantia de R$ 4,3 mil.
Segundo trecho da mensagem que está no grupo enviado para a reportagem, a vaquinha tem o intuito de amparar os PMs envolvidos na ocorrência do advogado.
Resolvemos realizar essa vaquinha para ajudar os irmãos de farda. São cinco policiais que estão tendo custos altos com advogados, sem contar nas famílias que ficarão desamparadas”.
Denúncia do Ministério Público
A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) aponta que, no dia 21 de julho deste ano, por volta de 11 da manhã, os policiais abordaram um cuidador de carros que, dias antes, tinha se envolvido em uma discussão com Gilberto.
Durante a abordagem, o tenente perguntou se ele se lembrava do evento, agredindo-o com um tapa no rosto.
Depois, o tenente entrou no centro comercial e questionou porque uma testemunha tinha feito interferência em benefício do vigia de carros. Nesse meio tempo, Orcélio Ferreira Silvério, administrador do centro comercial, foi conversar com o tenente, mas acabou agredido com tapas no rosto e ombros, enquanto era revistado.
Testemunhas, então, ligaram para Orcélio Ferreira Júnior, filho e advogado do administrador agredido, informando sobre o ocorrido. Orcélio Júnior seguiu para o local e começou a gravar pelo celular a abordagem abusiva.
Neste momento, o soldado Diogenys avisou que era proibido gravar. Em seguida, o tenente foi até Orcélio Júnior, questionando quem era ele. A vítima disse que era advogado do vigilante de carros, e pediu que o policial se identificasse.
Insatisfeito, o tenente agarrou Orcélio Júnior pela gravata, o empurrou sobre um carro e começou a agredi-lo com socos.