Nesta sexta-feira (9), o dia amanheceu sem nenhum ônibus da linha Eixo Anhanguera circulando na capital, isso porque os motoristas realizam uma paralisação, nesta manhã, na sede da Metrobus, na Vila Regina e exigem que entrem no grupo prioritário para receberem a vacina contra a covid-19.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Goiânia, Sérgio Reis, afirmou que a paralisação tem o objetivo de conseguir a imunização para a categoria, em vista que 26 motoristas já morreram em decorrência do vírus, enquanto outros 16 se encontram intubados. Ao todo, 300 profissionais já foram contaminados.
“Somos cerca de 3,5 mil motoristas. Nosso índice de óbitos está acima de 8%, enquanto a população em geral está com cerca de 2%. O secretário estadual de Saúde se comprometeu a vir conversar com a gente. Quando conversarmos com ele podemos voltar às atividades”, afirmou.
Ônibus lotados
No dia 30 de março, o Governo de Goiás publicou um decreto permitindo que os transportes públicos circulassem com apenas 50% da capacidade máxima de passageiros, porém o decreto não está sendo respeitado e os ônibus circulam com a capacidade além do limite.
Outra medida adota pelo governo também foi de permitir que apenas pessoas que exercem atividades essenciais embarquem nos horários de pico, para isso é necessário realizar um cadastro no site https://www.rmtcgoiania.com.br/.
Para combater o avanço do vírus, outras ações foram implantadas, como por exemplo, os usuários diagnosticados com covid-19 ficarão com o cartão bloqueado por 15 dias. Já as pessoas que tomaram a segunda dose da vacina estarão livres, 15 dias após serem imunizadas, para circular em qualquer horário.
“São medidas temporárias e necessárias durante esse pico da pandemia que estamos vivendo nesta segunda onda. Mas, assim que tivermos um menor número de casos e uma menor taxa de ocupação de leitos em hospitais, certamente essas ações serão revistas”, afirmou o secretário SGG, Adriano da Rocha Lima.