Governo de Goiás inicia, neste mês, o 1º Mutirão de Consultas e Exames Pré-Operátorios. A princípio a expectativa é atender 800 usuários do Sistema Único de Saúde. Atualmente 500 já foram chamados. A iniciativa será coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO).
“No período da pandemia os procedimentos médicos que não eram de urgência ficaram suspensos, principalmente na área de ortopedia. Mas agora já é possível atender esses pacientes, que precisam ser assistidos e ter seu problema solucionado”, esclareceu o governador Ronaldo Caiado.
Antes de tudo, os primeiros beneficiados passaram por consultas de reavaliação e exames, como laboratoriais, eletrocardiograma e risco cirúrgico, além de raio-X. Os atendimentos foram prestados no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia.
“O primeiro passo desse projeto foi a discussão do quantitativo de pessoas na fila com as unidades de saúde. Posteriormente, fizemos a identificação e qualificação clínica dos pacientes. Após isso, foi organizado o acolhimento de todos no Crer com a equipe da unidade. Agora, com todos os exames prontos, iniciaremos as cirurgias ortopédicas nesta semana”, explica o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Sandro Rodrigues.
Cirurgias
A partir desta quarta-feira (25) as equipes da secretaria vão para Uruaçu fazer o mesmo trabalho de triagem, qualificação clínica e acolhimento de 300 pacientes de municípios da região que serão operados no Hospital Regional do Centro-Norte, o HCN. “A qualificação clínica da fila foi para identificar também a origem dos pacientes e procurar atendê-los o mais próximo de onde moram. No HCN, será possível realizar os procedimentos de centenas de pacientes na macrorregião Norte do Estado”, explica Cárita Cristina Castro, gerente de Cirurgias Eletivas da SES-GO.
A avaliação pré-operatória é realizada em um único dia. “No fluxo normal, eles fazem os exames em dias diferentes, mas no mutirão concentramos num período menor para facilitar esse pré-operatório tanto para o paciente, como para as equipes da unidade de saúde”, diz Sandro Rodrigues. A ideia é realizar um mutirão por mês em diferentes unidades de saúde, de acordo com as especialidades atendidas.
Fim da espera
A dona de casa Maria Regina Martins, de 60 anos, residente em Aparecida de Goiânia aguarda a realização de uma cirurgia no quadril há três anos. Ela reconhece que a pandemia retardou a realização do procedimento mas além disso compreende que “os médicos tiveram responsabilidade ao não colocar a vida de pacientes em risco, quando havia um número elevado de casos de Covid-19″.
O feirante Eurípedes Alexandre Ribeiro, de 76 anos, está aliviado por poder realizar a cirurgia que amenizará a dor que senteno joelho. Morador do Setor Campinas, em Goiânia, ele se dirigiu na manhã da última sexta-feira (20) ao Crer em uma cadeira de rodas, onde passou pela triagem, exames de laboratório, consultas e exames das áreas de cardiologia e ortopedia. “Esse mutirão é uma bênção. Os funcionários daqui são gentis e atenciosos”, relatou.