O prazo de filiação partidária para disputar as eleições municipais de 2024 encerrou neste fim de semana. Os vereadores que possuíam fidelidade partidária tiveram até o dia 5 de abril para poderem mudar de partido, e os vereadores que não possuíam fidelidade partidária, assim como os demais pré-candidatos, tiveram até às 23h59 do dia 6 de abril para se filiarem em um partido político.
A exigência da filiação partidária é requisito previsto na Constituição Federal, em seu artigo 14. A legislação brasileira não permite a candidatura avulsa, sem o candidato estar vinculado a um partido político.
A legislação também define outros critérios de elegibilidade. Entre eles, a candidata ou o candidato deve ter nacionalidade brasileira, possuir alistamento eleitoral e domicílio na região de candidatura, e estar no pleno exercício dos direitos políticos – podendo a pessoa votar e ser votada. Deve ter, ainda, a idade mínima para poder concorrer ao cargo pretendido.
Em casos de coexistência de filiações partidárias, a legislação eleitoral estabelece que deverá prevalecer a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais. Por esse motivo, a corrida para registrar os pretensos candidatos até a data-limite foi intensa.
Janela partidária
Na sexta-feira (5/4), terminou a chamada janela partidária, período em que vereadores poderiam trocar de legenda sem que perdessem o mandato. A janela partidária teve início para as eleições deste ano em 7 de março.
Quociente eleitoral
Para que o partido possa eleger um vereador, a soma dos votos de toda a legenda deve ultrapassar o quociente eleitoral. Esse quociente é calculado pela soma dos votos válidos dividido pelo número de cadeiras a serem ocupadas na Câmara Municipal. Em Goiânia serão eleitos 37 vereadores.
As mudanças nas filiações partidárias determinam a troca de cadeiras na próxima legislatura, que será de 2025 a 2028. Partidos com muitos vereadores de mandato indicam que alguns desses vereadores não conseguirão a reeleição, mesmo que obtenham votação maior do que outros candidatos eleitos.
Como ficou a filiação dos vereadores de Goiânia:
MDB
Anselmo Pereira
Anderson Bocão
Bill Guerra
Dr. Gean
Henrique Alves
Igor Franco
Kleibe Morais
Luciula do Recanto
Sandes Júnior
Sargento Novandir
Solidariedade (incorporou o Pros)
Joãozinho
Leandro Sena
Léo José
Rafael da Saúde
Ronilson Reis
Welton Lemos
PSDB/CIDADANIA
Aava Santiago
Pedro Azulão Jvr.
PT/PCdoB/PV
Fabrício Rosa
Katia Maria
PRD (fusão PTB e Patriota)
Cabo Sena
Markim Goiás
Romário Policarpo
PL
Willian Veloso
União Brasil
Denício Trindade
Lucas Kitão
Paulo Magalhães
PODEMOS (incorporou PSC)
Leia Klebia
PDT
Juarez Lopes
Republicanos
Geverson Abel
Isaías Ribeiro
Sabrina Garcez
DC
Izídio Alves
Wellington Bessa
Avante
Thialu Guioti
PP
Sem vereador
PSB
Sem vereador
Agir
Sem vereador
PMN Mobiliza
Sem vereador
PRTB
Sem vereador
PSD
Sem vereador
PSOL/ REDE
Sem vereador
PMB
Sem vereador
Unidade Popular (UP)
Sem vereador
Novo
Sem vereador
PSTU
Sem vereador
PCB
Sem vereador
PCO
Sem vereador
Pré-candidatos que podem surpreender
Além dos vereadores de mandato, alguns outros pré-candidatos movimentaram as negociações políticas durante o período de filiações. Estima-se que esses podem obter votações expressivas, o que pode deixar alguns dos atuais vereadores de fora da próxima legislatura. São eles:
MDB
Luan Alves – Ex-presidente da Amma e filho do deputado estadual Clécio Alves (Republicanos)
Bruno Diniz – Ex-vereador pelo PRTB que perdeu o mandato por fraude na cota de gênero
Silvio da Videira – Genro do pastor Aluízio Silvio, pastor presidente Igreja Videira
Lucas Virgílio – Ex-deputado federal
Solidariedade (incorporou o Pros)
Gabriela Rodart – Ex-vereadora pelo DC que perdeu o mandato por infidelidade partidária
Paulo da Farmácia – Ex-vereador pelo PTC que perdeu o mandato por fraude na cota de gênero
PSDB/CIDADANIA
Tião Peixoto – Ex-vereador e pai do presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto (União)
PRD (fusão PTB e Patriota)
Pastor Wilson – Ex-vereador pelo PMB que perdeu o mandato por fraude na cota de gênero
Weligton Peixoto – Ex-vereador e irmão do presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto (União)
PL
Oséias Varão – Ex-vereador
PODEMOS (incorporou PSC)
Zander – Ex-vereador e ex-secretário de Cultura de Goiânia
PDT
Edgar Duarte – Ex-vereador pelo PMB que perdeu o mandato por fraude na cota de gênero
Marlon Teixeira – Ex-vereador pelo Cidadania que perdeu o mandato por fraude na cota de gênero
Gustavo Cruvinel – Ex-vereador, perdeu a eleição anterior
DC
Fred – Ex-deputado estadual, perdeu o mandato por ausência de prestação de contas eleitorais em 2020
PP
Adriano Baldy – Irmão do ex-deputado federal e presidente estadual do PP, Alexandre Baldy
Prof. Márcio – Ex-vereador pelo Cidadania que perdeu o mandato por fraude na cota de gênero
PSB
Alisson Lima – Ex-deputado estadual, perdeu a última eleição para deputado federal
Enicleia – Ex-sub-secretária estadual de Educação
Agir
Mizair Jr. – Ex-vereador
Alfredo Bambú – Ex-vereador
Tiãozinho Porto – Ex-vereador
PMN Mobiliza
Rodrigo Melo – Ex-secretário municipal
Tonis Vinicius
PRTB
Tiãozinho da Saúde – Ex-vereador
Emilson Pereira – Ex-vereador
Junior Café – Ex-presidente do PROCON-Goiânia