Alguns medicamentos muito procurados para tratar a dor e febre, como Novalgina e antigripais, além de antibióticos em suspensão, que geralmente são prescritos para crianças, estão em falta nas farmácias da Região Metropolitana de Goiânia. O problema começou no mês de janeiro, quando houve um surto de gripe. Além desses itens, faltam também outros medicamentos para controle de hipertensão e diabetes, e remédios para reposição hormonal após a menopausa.
O Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Goiás (Sincofarma), Jõao Aguiar Neto, confirma que estão em falta os medicamentos de princípio ativo, como a dipirona e a Novalgina. Remédios para hipertensão, controle de diabete, antibióticos e para problemas respiratórios, referindo-se os principais ativos de cada um: maleato de enalapril, cloridrato de metiformina, amoxicilina mais clavulanato e, nas síndromes respiratórias, salbutamol, allegra pediátrico, afirmou que os principais são esses.
Demanda
O presidente da Sincofarma referiu que a falta desses medicamentos é um desiquilíbrio entre oferta e demanda. ”Houve assustador aumento de consumo, a indústria não estava preparada para produzir tanto”, disse. “Mas a indústria não se manifesta”, concluiu.
Segundo João, outros medicamentos já obteve a oferta regularizada, como no caso do soro para preparação caseira, que sumiu das farmácias por conta do surto de dengue neste ano. “Estamos voltando à normalidade, mas o mercado ainda não está abastecido totalmente, o pior momento foi em final de fevereiro e início de março”.
Já no caso de remédios de reposição hormonal, a falta é devido a matéria-prima decorrente de problemas na logística internacional, fator gerado em consequência da pandemia e pela guerra na Ucrânia, afirma Marçal Henrique Soares, presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de Goiás (Sindifargo).
Marçal ressalta que a indústria está “trabalhando a todo vapor para atender o mercado, 24 horas por dia, sete dias da semana”. Ele ainda usa o exemplo da demanda acentuada como o crescimento de mais de 100% nos casos de dengue.