A Defensoria Pública do Estado de Goiás enviou, nesta quinta-feira (18), um ofício à Redmob Concessionária na intenção de entender os motivos pelos quais a empresa não está cumprindo as medidas sanitárias contra a covid-19 estabelecidas pelo decreto. O prazo é de cinco dias para que a Redmob apresente uma resposta.
Entre os questionamentos levantados no documento está o fato da empresa não disponibilizar 1.100 ônibus todos os dias, conforme foi estabelecido pela Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC).
No relatório feito pela Redmob sobre o transporte público, emitido na manhã de hoje (18), indicou que há um volume 138% maior que a demanda esperada para o período, ainda de acordo com o levantamento 86,6% dos entrevistados utilizam o transporte coletivo para ir ao trabalho, porém 52,6% deles não trabalham em atividades essenciais.
Redmob
Em uma coletiva de imprensa, na última quarta-feira (17), Leomar Avelino, diretor executivo da Redemob Concessionária afirmou que é impossível transportar apenas passageiros sentados. “Para se ter um transporte capaz de levar pessoas sentadas é preciso primeiro que ele já esteja com baixo volume de passageiros antes de uma pandemia, porque aí quando você decreta um lockdown consegue esvaziar o suficiente para que todos estejam sentados”, pontuou ele.
A frota teve um aumento de 220 ônibus, mas Avelino acredita que esse seja um problema muito complexo para se resolver e não depende apenas da Redmob. “Em todo país houve várias tentativas de se alcançar isso. Em nenhum lugar conseguimos isso, nem na modalidade metrô, trem ou ônibus”, afirmou.
“No eixo anhanguera, operado pela Metrobus, de capital público e privado, você tem ônibus articulados ou biarticulados com 60 assentos, por exemplo, precisaria triplicar a frota atual”, concluiu Leomar Avelino.