Durante reunião nesta sexta-feira (26) com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os 26 governadores aproveitaram para manifestar a preocupação com a reposição do Orçamento Geral da União, que foi aprovado ontem (25) pelo Congresso com quase três meses de atraso e com R$ 43 bilhões a menos que o aprovado para o ano passado.
Para os governadores, o governo federal precisa manter a regra de 2020 para habilitação e pagamento de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e clínicas. Eles desejam que o governo federal continue custeando o tratamento de pacientes da rede pública com insumos, especialmente medicação para sedação e oxigênio para o tratamento de casos graves do novo coronavírus.
Auxilio Emergencial
Em relação a economia, os governadores estão pressionando para que o auxilio mantenha o mesmo valor do ano passado, R$ 600,00. O auxilio já está definido para começar a ser pago em abril, com parcelas de R$ 250,00, mas esse valor pode variar entre R$150 e R$375, de acordo com a quantidade de membros da família.
Sobre isso, Pacheco afirmou que não será possível. “Temos que trabalhar com a realidade que temos no Brasil, que feliz ou infelizmente, é uma realidade que vai socorrer as pessoas, mas que não será obviamente aquilo que desejavam os mais necessitados. (…) Óbvio que todos nós gostaríamos de reeditar o que foi pago no ano passado, mas não será possível por causa da responsabilidade fiscal e do Orçamento”, afirmou ele.
Os governadores também pediram uma ajuda financeira para aqueles estados e municípios que foram mais afetados pela pandemia.
Anti-covid
Os chefes de estado também pediram para que o novo Ministro da Saúde, Marcelo Queironga, fique na coordenação técnica da comissão criada para o enfrentamento da covid-19. Segundo os governadores, dessa forma as decisões podem ser tomadas baseadas na ciência.
“Não haverá convergência sobre tudo, mas o importante é valorizarmos aquilo que convergimos e irmos para frente nisso. Naquilo que divergimos, temos mecanismos próprios de solução de conflitos, mas eu quero valorizar sempre a convergência. O que o Brasil precisa é de União”, pontuou Pacheco.