O Estádio Serra Dourada foi palco de uma simulação de um ataque terrorista, realizado nesta tarde de segunda-feira (23) pelo Corpo de Bombeiros, juntamente com o Exército Brasileiro. A ação faz parte do primeiro Curso de Operações com Produtos Perigosos dos Bombeiros.
De acordo com o Capitão da Companhia da Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército, Bruno Hartuiq, a simulação se trata de um ataque feito durante um evento esportivo, com a presença do presidente e envolvendo armas químicas.
“Com base nisso, foram montadas estruturas do Corpo de Bombeiros e do Exércitos com militares capacitados, pra que possam responder ao ataque”, afirma o capitão.
Foram mobilizados mais de 100 militares com uma única missão. “Salvar vidas, independente das circunstâncias”, complementa o militar.
Segundo o Comandante de Operações do Corpo de Bombeiros e Coordenador do Curso com Produtos Perigosos, Vanderlei Valério, o objetivo é simular o atendimento às vítimas de um possível ataque terrorista, “Iremos capacitar nossos militares para um atendimento químico, biológico e nuclear”, conta.
Na simulação foram 20 vítimas, sendo cinco consideradas “vitímas verdes”. Conforme o capitão, são estas as que conseguem se locomover, mesmo após serem atingidas com o material químico das bombas. “Os outros níveis são as amarelas e vermelhas, que não conseguem se locomover sozinhas e precisam ser resgatas”, explica.
Os militares foram separados em dois grupos, os que entraram no estádio para fazer o resgate, outro dos que estão de foram nas estruturas que fora montadas especialmente para fazer a descontaminação das vitímas. “Descontaminação das vítimas é feita através do uso de água e um produto semelhante ao sabão”, afirma o capitão.
Para o capitão, esse treinamento não é novidade para o Exército Brasileiro. “Já foi realizado nos anos de 2012, 2013, 2014 e 2016, para o período de Copa do Mundo e Olímpiadas”, conta.
Caso ocorra um ataque desse nível, o capitão recomenda que se evite o pânico. “Evitar o pânico, pois o pisoteamento pode matar mais pessoas do que as bombas químicas”, explica.