Na manhã da última terça-feira (27), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de chefiar a Casa Civil. O senador, que é o presidente nacional do Progressistas, publicou a notícia em suas redes sociais.
Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente @jairbolsonaro. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita.”, escreveu ele.
A nomeação foi oficializada na manhã desta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União (DOU).
Com o convite aceito, o Centrão passa para o núcleo duro do governo, uma vez que o senador é um dos principais líderes do grupo, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), contradizendo todas as afirmações de Bolsonaro contra a velha política e o toma-lá, dá cá.
Durante sua campanha em 2018, Bolsonaro fez críticas contundentes à velha política, acusando o PT de fisiologismo com promessas de jamais lotear o governo.
No mesmo ano, em julho, o PSL realizou uma convenção onde o general Augusto Heleno Ribeiro, hoje ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chegou a cantarolar uma música trocando o termo “ladrão” por “Centrão”. “Se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”, cantou o general, mudando verso da letra de “Reunião de Bacanas”.
Com essa nova nomeação de Ciro Nogueira que responde a cinco processos na Justiça, Entre eles estão inquéritos que investigam propina recebida da Odebrecht e da JBSe, o número de partidos aumenta para 24.
De acordo com o programa de Bolsonaro, durante as eleições de 2018, governo iria reduzir as pastas. “Um número elevado de ministérios é ineficiente, não atendendo os legítimos interesses da Nação. O quadro atual deve ser visto como o resultado da forma perniciosa e corrupta de se fazer política nas últimas décadas, caracterizada pelo loteamento do Estado, o popular ‘toma lá-dá cá’”, dizia o programa.
A nomeação de Ciro será publicada no Diário Oficial da União e a criação da pasta de Emprego e Previdência ocorrerá por meio de uma medida provisória, que precisa ser confirmada pelo Congresso em até quatro meses.