De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no semestre encerrado em abril deste ano, o número de pessoas desempregadas no Brasil subiu para 3,4% o que elevou a taxa de desemprego para 14,7%. Essa porcentagem representa 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho.
Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, essa taxa mantém o recorde registrado no trimestre encerrado em março, no maior nível da série comparável, iniciada em 2012.
“O cenário foi de estabilidade da população ocupada, com 85,9 milhões, e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho. Depois de um ano como o de 2020, onde milhões de pessoas perderam trabalho, é de se esperar que tenhamos muitas pessoas buscando trabalho, depois de uma queda tão acentuada na ocupação”, afirmou Adriana.
A analista destaca que a procura de emprego está alta, porém a taxa de vagas está baixa. “Dificilmente, depois de tudo o que ocorreu em 2020, você vai resolver a desocupação nos quatro primeiros meses de 2021. Nós vamos acompanhar ao longo do ano como vai ser a resposta da demanda por trabalho. A oferta de mão de obra está ocorrendo, mas a gente tem que ver se os demandantes, que são as atividades econômicas, estão ofertando essas vagas. A melhora vai depender de fatores que envolvem a economia como um todo, como o consumo das famílias, a possibilidade de crédito. Tudo isso influencia fortemente essa reação”, explica.