O banqueiro João Amoêdo emitiu uma nota na noite desta quinta-feira (10) informando sua desistência de ser candidato à presidência da República pelo partido NOVO nas eleições do ano que vem. O partido disse, também em nota, que seguirá trabalhando na construção de uma “alternativa ao bolsopetismo para 2022”.
Em publicação na rede social, Amoêdo disse que recuou de sua candidatura, pois, desde que seu nome surgiu novamente para o cargo, o partido “demonstrou falta de unidade”.
Na minha avaliação, a ausência de um posicionamento transparente, firme e célere da instituição, neste processo, demonstrou a falta de unidade do NOVO quanto ao propósito para 2022.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) June 11, 2021
No dia 1º de junho, o NOVO lançou a pré-candidatura de Amoêdo, que terminou as eleições de 2018 na quinta colocação, com 2,5% dos votos válidos. No pleito o empresário, que disputava sua primeira eleição, terminou à frente de Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (à época no MDB), o que causou positiva surpresa ao cenário político.
No dia seguinte ao anúncio da pré-candidatura de João Amôedo, integrantes do Novo passaram a articular o nome do deputado federal Tiago Mitraud (MG) para a disputa da presidência pela legenda liberal.
“Manifesto pela consciência democrática”
No fim de março, Amoêdo participou de uma articulação para a formação de uma frente “centro liberal”, juntamente com os governadores tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), Luciano Huck e Ciro Gomes (PDT), lançando um “manifesto pela consciência democrática”, a fim de formar oposição à polarização do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT).