Centenas de vendedores ambulantes da região da Rua 44, em Goiânia, manifestaram-se nesta terça-feira, 8 de abril de 2025, no plenário da Câmara Municipal, contra a decisão da Prefeitura de removê-los das vias públicas. O grupo solicitou apoio dos vereadores para continuar exercendo suas atividades no local.
A medida da Prefeitura, liderada pelo prefeito Sandro Mabel (União Brasil), visa reorganizar o espaço urbano conforme o Código de Posturas do Município. Como alternativas, a administração municipal propôs a realocação dos ambulantes para a Feira Hippie ou para galerias comerciais próximas, oferecendo, neste último caso, auxílio por meio de aluguel social.
Durante a sessão na Câmara, vereadores da oposição, como Fabrício Rosa e Kátia (ambos do PT), manifestaram apoio aos ambulantes. Eles sugeriram que a Prefeitura autorize o funcionamento da chamada “feira da madrugada”, permitindo que os vendedores trabalhem durante a noite e madrugada, prática já conhecida na região e que, segundo eles, integra a cultura local e impulsiona a cadeia produtiva da confecção.
A vereadora Aava Santiago (PSDB) propôs a apresentação de uma emenda coletiva ao Código de Posturas, visando permitir o trabalho dos camelôs na região da 44 durante a madrugada, similar à autorização concedida anteriormente para o funcionamento da Feira Hippie às sextas-feiras.
A decisão da Prefeitura gerou tensões na Avenida 44, com relatos de confrontos entre ambulantes e forças de segurança, incluindo o uso de spray de pimenta e dificuldades para lojistas abrirem seus estabelecimentos. Apesar das manifestações, o prefeito Sandro Mabel reafirmou sua posição, destacando a necessidade de organizar o espaço público e garantir condições adequadas de circulação e funcionamento do polo comercial.
A Prefeitura argumenta que a retirada dos ambulantes segue as determinações do Código de Posturas e que alternativas viáveis foram oferecidas para regularizar a situação dos trabalhadores informais. Contudo, representantes dos ambulantes contestam a efetividade dessas propostas e reivindicam maior diálogo e flexibilidade por parte do poder público.
A situação permanece em debate, com os ambulantes buscando apoio legislativo para reverter a decisão e encontrar soluções que conciliem a organização urbana com a manutenção de suas atividades econômicas.
Ambulantes da 44 protestam na Câmara de Goiânia, contra a retirada das ruas
O grupo solicitou apoio dos vereadores para continuar exercendo suas atividades no local.

Compartilhe este artigo
Deixe um comentário
Deixe um comentário