Antônio Batista de Sousa, acusado de matar o próprio filho em 2018 na capital, foi absolvido por quatro votos a zero pelos jurados. O julgamento foi comandado pelo juiz Jesseir Coelho. Mesmo com a absolvição, os jurados também entenderam que o autor do crime foi responsável pela lesão do filho Alerrando Francis Sousa Batista, de 22 anos.
A defensora pública que representou Antônio, Ludmila Fernandes Mendonça, relatou que não é possível saber as razões dos jurados, porém afirma que a tese apresentada foi de “ato reflexo”, semelhante a legítima defesa e de típico caso de desnecessidade de pena, uma vez que sofrimento, culpa e dor seriam maior à própria pena.
Segundo Ludmila, o filho teria agredido o pai com golpes de capacete durante uma discussão familiar. Antônio, no momento estava descascando um legume com a faca, reagiu por reflexo e atingiu o rapaz com um golpe. O Ministério Público também pediu a absolvição do réu.
Relembre o caso
O caso ocorreu em abril, no setor Bougainville, em Goiânia. De acordo com a acusação do Ministério Público, a vítima era alcoólatra e no dia teria chegado em casa embriagado. A discussão começou quando Alerrando chegou em casa e se enfureceu com a presença de uma amiga da esposa.
Em um momento, segundo o MP, o réu jogou “cachaça” nos cabelos da companheira e foi tomar banho. Em seguida, quando a amiga da esposa já havia ido embora, uma nova discussão começou.
Antônio, então, teria pegado uma faca na cozinha e golpeado o filho, o jovem chegou a ser socorrido, mas morreu em uma unidade de saúde em Aparecida. O pai foi preso na própria residência.