O 11 de setembro de 2021 é marcado por completar 20 anos do atentado terrorista ao World Trade Center, as Torres Gêmeas, em Nova York, nos Estados Unidos da América (EUA).
Os rumos do planeta mudaram após o choque premeditado de dois aviões Boeing 767 contra as torres do WTC. Uma terceira aeronave sequestrada atingiu o Pentágono (órgão da Defesa americana) e uma quarta caiu na zona rural do estado da Pensilvânia, antes de seguir contra o alvo pretendido, o prédio do Capitólio (sede do Legislativo).
Às 8h46 daquela terça-feira (11/9/01), o primeiro avião, dentre os quatro que foram sequestrados, se chocou contra uma das Torres, dando início ao maior ataque já registrado dentro do território dos EUA.
Planejados pela organização terrorista islâmica Al Qaeda, os ataques deixaram 2.977 mortos, além dos 19 sequestradores e os 227 civis a bordo dos aviões, e geraram tensões geopolíticas cujos desdobramentos ainda persistem após duas décadas.
Após os ataques, o Afeganistão foi invadido pelas tropas militares americanas, que permaneceram até o mês de agosto deste ano. Quando, por acordo planejado pelo presidente Barack Obama, firmado pelo presidente Donald Trump e executado pelo presidente Joe Biden, o exército dos Estados Unidos se retirou do país, a fim de devolver o controle aos afegãos. No entanto o grupo radical Talibã tomou o poder sobre a nação.
Cronologia dos atentados de 11 de setembro
7h59 – O voo 11 da American Airlines decola do aeroporto de Boston com destino a Los Angeles;
8h15 – O voo 175 da United Airlines também decola de Boston com destino a Los Angeles;
8h20 – O voo 77 decola do aeroporto de Dulles, no estado da Virgínia;
8h42 – O voo 93 da United Airlines decola com atraso do aeroporto de Newark em Nova Jersey, com destino à Califórnia;
8h46 – O voo 11 bate contra a Torre Norte do World Trade Center em Nova York;
9h03 – O voo 175 se chocou contra os andares 77 e 85 da Torre Sul do World Trade Center;
9h05 – O presidente dos EUA George W. Bush é avisado sobre o segundo avião no WTC;
9h37 – O voo 77 se choca contra a face oeste do Pentágono, sede da defesa americana;
9h59 – A torre sul desabou devido ao incêndio, que prejudicou os elementos estruturais do aço, já enfraquecido com o impacto do avião.
10h03 – O voo 93 é derrubado em um campo vazio da Pensilvânia, a 20 minutos de trajeto da capital americana, Washington DC;
10h28 – Após se incendiar por aproximadamente 102 minutos, a Torre Norte do World Trade Center colapsa;
20h30 – O presidente George W. Bush faz um pronunciamento de dentro da Casa Branca: “A busca por aqueles que estão por trás desses atos malignos está em andamento. Não faremos distinção entre os terroristas que cometeram esses atos e aqueles que os abrigam.”;
Tarde de 12 de setembro – Os trabalhadores retiraram a 18ª e última pessoa a ser encontrada com vida entre os destroços, Genelle Guzman.
Vídeos do ataque:
EUA e Afeganistão hoje
Após o ataque das torres gêmeas em Nova York, o Afeganistão foi invadido pelas tropas americanas que lá permaneceram por quase 20 anos. Durante esse período houve guerras onde milhares de pessoas morreram, incluindo civis e militares.
Com a morte de Bin Laden em 2011, o governo Barack Obama (democrata) estipulou alguns prazos para que os militares americanos saíssem do Afeganistão, com o intuito de devolver por completo o poder de seu país ao povo afegão. Em fevereiro de 2020, o então presidente americano, Donald Trump (republicano), assinou um acordo onde afirmava que as tropas deixariam o Afeganistão em 14 meses.
Após prometer evacuar os militares restantes até o 20º aniversário do atentado às Torres Gêmeas (11 de setembro), o atual presidente dos EUA, Joe Biden (democrata), iniciou a ação de retirada dos militares em maio deste ano.
Conforme os militares foram retirados, o grupo Talibã foi avançando no domínio do território afegão. Começaram pelas cidades grandes, até o “cheque-mate” na capital Cabul, o que gerou pânico, fazendo com que milhares de cidadãos tentem deixar o país.
Diferente do passado, o grupo islâmico afirmou que está comprometido com o processo de paz, com um governo inclusivo e disposto a manter alguns direitos para as mulheres.
Segundo o porta-voz Sohail Shaheen, as mulheres ainda terão permissão para continuar sua educação do ensino fundamental ao superior – uma quebra das regras durante o governo anterior do Talibã, entre 1996 e 2001. Ele também afirmou que diplomatas, jornalistas e organizações sem fins lucrativos podem continuar operando no país. “Esse é o nosso compromisso: fornecer um ambiente seguro para que eles possam realizar suas atividades para o povo do Afeganistão”.